Curso: Administração.
Disciplina: Linguagem e Produção
Textual.
Professor: Jailton Alves
2 Semestre 2011.2
A Linguagem Como Atividade
Humana
Considerando o homem um ser que fala e a palavra a senha de entrada no mundo humano, vamos examinar mais profundamente o que vem a ser a linguagem especificamente humana. A linguagem é um sistema simbólico. O homem é o único animal capaz de criar símbolos, isto é, signos arbitrários em relação ao objeto que representam e, por isso mesmo, convencionais, ou seja, dependentes de aceitação social. Tomemos, por exemplo, a palavra casa. Não há nada no som nem na forma escrita que nos remeta ao objeto por ela representado (cada casa que, concretamente, existe em nossas ruas). Designar esse objeto pela palavra casa, então, é um ato arbitrário. A partir do momento em que não há relação alguma entre o signo casa e o objeto por ele representado, necessitamos de uma convenção, aceita pela sociedade, de que aquele signo representa aquele objeto. E só a partir dessa aceitação que poderemos nos comunicar, sabendo que, em todas as vezes que usarmos a palavra casa, nosso interlocutor entenderá o que queremos dizer. A linguagem, portanto, é um sistema de representações aceitas por um grupo social, que possibilita a comunicação entre os integrantes desse mesmo grupo.
Entretanto, na medida em que esse laço entre representação e objeto representado é arbitrário, ele é, necessariamente, uma construção da razão, isto é, uma invenção do sujeito para poder se aproximar da realidade. A linguagem, portanto, é produto da razão e só pode existir onde há racionalidade.
A linguagem é, assim, um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural, pois é ela que nos permite transcender a nossa experiência. No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individuamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao aqui e agora, e entramos no mundo do simbólico. O nome é símbolo dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas que só têm existência no nosso pensamento (por exemplo, ações, estados ou qualidades como tristeza, beleza, liberdade).
O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que está longe de nós. O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto idéia, aquilo que já não está ao alcance dos nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada; o som da voz do pai; o rosto de um amigo querido. O simples pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa consciência o objeto a que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas: criamos, através da linguagem, um mundo estável de idéias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o homem deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir o seu projeto de vida.
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da razão que se chama cultura.
Considerando o homem um ser que fala e a palavra a senha de entrada no mundo humano, vamos examinar mais profundamente o que vem a ser a linguagem especificamente humana. A linguagem é um sistema simbólico. O homem é o único animal capaz de criar símbolos, isto é, signos arbitrários em relação ao objeto que representam e, por isso mesmo, convencionais, ou seja, dependentes de aceitação social. Tomemos, por exemplo, a palavra casa. Não há nada no som nem na forma escrita que nos remeta ao objeto por ela representado (cada casa que, concretamente, existe em nossas ruas). Designar esse objeto pela palavra casa, então, é um ato arbitrário. A partir do momento em que não há relação alguma entre o signo casa e o objeto por ele representado, necessitamos de uma convenção, aceita pela sociedade, de que aquele signo representa aquele objeto. E só a partir dessa aceitação que poderemos nos comunicar, sabendo que, em todas as vezes que usarmos a palavra casa, nosso interlocutor entenderá o que queremos dizer. A linguagem, portanto, é um sistema de representações aceitas por um grupo social, que possibilita a comunicação entre os integrantes desse mesmo grupo.
Entretanto, na medida em que esse laço entre representação e objeto representado é arbitrário, ele é, necessariamente, uma construção da razão, isto é, uma invenção do sujeito para poder se aproximar da realidade. A linguagem, portanto, é produto da razão e só pode existir onde há racionalidade.
A linguagem é, assim, um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural, pois é ela que nos permite transcender a nossa experiência. No momento em que damos nome a qualquer objeto da natureza, nós o individuamos, o diferenciamos do resto que o cerca; ele passa a existir para a nossa consciência. Com esse simples ato de nomear, distanciamo-nos da inteligência concreta animal, limitada ao aqui e agora, e entramos no mundo do simbólico. O nome é símbolo dos objetos que existem no mundo natural e das entidades abstratas que só têm existência no nosso pensamento (por exemplo, ações, estados ou qualidades como tristeza, beleza, liberdade).
O nome tem a capacidade de tornar presente para a nossa consciência o objeto que está longe de nós. O nome, ou a palavra, retém na nossa memória, enquanto idéia, aquilo que já não está ao alcance dos nossos sentidos: o cheiro do mar, o perfume do jasmim numa noite de verão, o toque da mão da pessoa amada; o som da voz do pai; o rosto de um amigo querido. O simples pronunciar de uma palavra representa, isto é, torna presente à nossa consciência o objeto a que ela se refere. Não precisamos mais da existência física das coisas: criamos, através da linguagem, um mundo estável de idéias que nos permite lembrar o que já foi e projetar o que será. Assim é instaurada a temporalidade no existir humano. Pela linguagem, o homem deixa de reagir somente ao presente, ao imediato; passa a poder pensar o passado e o futuro e, com isso, a construir o seu projeto de vida.
Por transcender a situação concreta, o fluir contínuo da vida, o mundo criado pela linguagem se apresenta mais estável e sofre mudanças mais lentas do que o mundo natural. Pelas palavras, podemos transmitir o conhecimento acumulado por uma pessoa ou sociedade. Podemos passar adiante esta construção da razão que se chama cultura.
A sociedade é formada por comunicação, logo é
formada por linguagens, formas de se comunicar, vários meios de transmitir
informação. Por exemplo: a sociedade trabalha com fatos. Esses fatos são
relatados a partir de uma linguagem específica chamada linguagem jornalística,
ou simplesmente linguagem informativa. Essa linguagem é apenas um tipo de
linguagem existente. A língua é um sistema de signos orais e gráficos que
compõem um código que serve os indivíduos em suas necessidades de comunicação.
A língua, como veículo da comunicação, pode apresentar várias modalidades. Essa
é a definição científica de língua. Mas antes disso, língua é um fator social.
Ou seja, a língua é um fator que modifica, move e produz a sociedade. A
sociedade é feita de cultura. A cultura produz sociedade, assim como a língua.
Cultura é todo fazer humano que pode ser transmitido de geração a geração. A
língua é, portanto, um elemento da cultura de um povo. Formamos as pessoas, e
consequentemente, somos formados por língua. Tomamos como exemplo a teoria da
influência do meio de Rousseau, que pode ser explicada através da língua, ou da
linguagem. Rousseau afirmou que o ser humano é bom por natureza, a sociedade é
que o corrompe. Se a sociedade tem esse poder, ele só pode ser exercido através
da língua e da linguagem. No caso da teoria de Rousseau, a influência que a
sociedade exerce sobre o ser humano é realizada não só com a língua, embora
principalmente, mas também com a linguagem. Linguagem verbal, linguagem
não-verbal, linguagem visual… Enfim, a influencia é exercida de várias
maneiras. A língua tem poder sobre toda a sociedade, pois nenhuma sociedade
sobrevive sem comunicação. Propaganda, interação interpessoal, levando em
consideração que o ser humano é, por natureza, um ser social. A informação e
até a própria sobrevivência do homem dependem da comunicação, que é realizada
através da língua. A língua tem formação psicológica, antropológica,
sociológica, como já foi dito, e também científica, por meio da lingüística,
ciência instaurada por Ferdinand de Saussure. Portanto a língua é o meio de
locomoção, formação, e desenvolvimento da sociedade, aliada a outros fatores
como produção, economia, etc. Vivemos num mundo globalizado, o mundo do
desenvolvimento. Se o desenvolvimento depende diretamente da língua, será que
chegaríamos ao nível de desenvolvimento onde nos encontramos: a ciência a cada
evoluindo mais, a sociedade entendendo suas necessidades e procurando saná-las,
tudo isso seria possível sem a existência da língua? Não. Pois há um fator que
forma a sociedade: o homem. E há um elo entre o homem e seu habitat, algo que
liga os homens: a língua.
A Importância da Comunicação
Maria Aparecida
Lombardi
1. CONCEITO
Comunicação é a troca de informações, ideias e sentimentos. Processos que mantém os
indivíduos em contato permanente e em todas as circunstâncias, propiciando a
interação.
2. TIPOS DE
COMUNICAÇÃO
A comunicação
varia de acordo com:
Instrumentos utilizados para manter contato com o outro;
As pessoas em processo de comunicação;
Os objetivos em vista.
2.1. INSTRUMENTOS
2.1.1. COMUNICAÇÃO
VERBAL – é a mais freqüente, a mais habitual. Utiliza-se
a linguagem oral ou escrita para o estabelecimento do contato. Costuma ser o
instrumento preferido de comunicação. Envolve ritmo, tom, entonação da voz.
2.1.2. COMUNICAÇÃO
NÃO-VERBAL – é todo instrumento utilizado na comunicação que
não seja a linguagem oral ou representada por sinais gráficos, escrita.
Pertencem a este
grupo: gestos, expressões faciais, posturas, silêncios e ausências no interior
de certos textos. Vêm carregados de mensagens significativas, mais ainda do que
as palavras.
Para serem
autênticas, a comunicação verbal e a não-verbal deveriam estar
sempre sincronizadas no mesmo indivíduo. Muitas vezes, a comunicação verbal e a
não-verbal estão em dissonância, traindo o eu íntimo que o verbal tenta
camuflar. Falamos uma coisa, mas estamos expressando outra. A comunicação tende
a se tornar fala intelectualizada, quando reduzida exclusivamente à linguagem
verbal.
A linguagem apenas
não-verbal dificilmente seria inteligível para o outro.
2.2. PESSOAS
ENVOLVIDAS
2.2.1. COMUNICAÇÃO
A DOIS
a) Pessoais
– encontro entre dois seres que se percebem em relação de reciprocidade ou
complementaridade, como amizade, amor ou fraternidade. Quando autêntica, tende
a durar e se tornar permanente.
b) Profissionais
– quando a comunicação a dois é realizada para assuntos de trabalho. Também
deve ser autêntica, para se obter melhores resultados.
2.2.2. COMUNICAÇÃO
EM GRUPO
a) Intragrupo
– realizada entre pessoas de um mesmo grupo.
b) intergrupos
– contatos e trocas entre dois ou mais grupos.
2.3. OBJETIVOS
2.3.1.
CONSUMATÓRIA – tem como fim exclusivo a troca com o outro, como
um sujeito, a quem se vai ao encontro e com quem se deseja falar. Pode ser
"falar por falar", ou a necessidade de comunicar ao outro seu
universo pessoal. É sempre espontânea.
2.3.2.
INSTRUMENTAL – sempre utilitária e com segundas intenções.
- A troca com o
outro é procurada, preparada e estabelecida para fins de manipulação, mais ou
menos confiscável. Exemplo: mensagens publicitárias, "slogans" de
propaganda política.
- O outro é
percebido como um objeto a explorar, a seduzir ou enganar, com o objetivo de
assegurar certos ganhos e satisfazer alguns interesses. Há um objetivo a ser
explorado.
3. NATUREZA DA
COMUNICAÇÃO
A comunicação
acontece quando duas pessoas têm o mesmo interesse; os interesses são comuns.
Há pontos em comum. A mensagem flui, porque os interesses são comuns.
HÁ COMUM
(IC) AÇÃO
SER
COMUM
É
SER COMO UM
· Ter afinidades
· Ter empatia
· Sentir junto
· Pensar junto
· Estabelecer contato psicológico
Ser COMO UM TODO
Não é suficiente
que as pessoas:
· Se falem
· Se escutem
· Se compreendam
É preciso mais...
A comunicação só
existe quando as pessoas conseguem se encontrar ou reencontrar.
Levar em conta:
COM QUEM? -
conhecer o RECEPTOR
O QUÊ? -
preparar-se para a COMUNICAÇÃO. Ter convicção do que fala.
COMO? - criar
SINTONIA
4. ESQUEMA DA
COMUNICAÇÃO
EMISSOR -
iniciativa da comunicação.
RECEPTOR - a quem
se dirige a mensagem.
MENSAGEM -
conteúdo da comunicação.
CÓDIGO - grupo de
símbolos utilizado para passar a mensagem.
- Linguagem - verbal/não-verbal
|
- Pintura
- Dança
- Mímica
- A mensagem é
transmitida de ouvido a ouvido ou outros órgãos do sentido, passando pelo ar.
- Ouvidos,
outros órgãos e ar constituem o canal da comunicação.
|
Feedback (em inglês) - Realimentação / resposta
A – EMISSOR –
transmite a mensagem.
B – RECEPTOR -
recebe a mensagem e tem uma reação à mensagem recebida. Responde ao Emissor,
realimentando a comunicação.
Este processo
forma um círculo entre emissor e receptor, até que a comunicação termine.
5. BARREIRAS NA
COMUNICAÇÃO
As barreiras na
comunicação não são apenas barulhos ou outros estímulos externos que atrapalham
ou impedem que a comunicação se realize plenamente. Existem obstáculos e
barreiras muito mais sutis, escondidos, que são tão mais fortes quanto mais
escondidos.
As barreiras
ocorrem na comunicação quando o interlocutor lê e ouve de acordo com:
- O que lhe interessa – o que coincide com suas opiniões, crenças, valores e experiências.
- Egocentrismo– que impede de se enxergar o ponto de vista do outro. O egocêntrico quer rebater tudo o que o outro fala, sem ao menos ouvir realmente o que ele diz. O outro está falando e o receptor está pensando no que vai responde.
- Percepção do outro– influenciada por preconceitos e estereótipos: vendedor, branco, negro, amarelo, mulher, criança, idoso, judeu, japonês, evangélico, católico, espírita, político, rico, pobre etc. Ainda: quando determinada pessoa tem, para nós, a auréola de santo, tudo o que fala e faz é bom.
- Competição – quando um corta a palavra do outro, sem nem sequer ouvir o que ele está dizendo; quer apenas se fazer ouvir. É um "diálogo de surdos", em que ninguém ouve ninguém.
- Frustração – impede a pessoa de ouvir e entender o que está sendo dito.
- Transferência inconsciente de sentimentos – que se tem em relação a uma pessoa parecida com o interlocutor. Pode ser favorável ou desfavorável.
- Projeção – leva a emprestar a outrem intenções que nunca teve, mas que teria no lugar dele.
- Inibição – do receptor em relação ao emissor, e vice-versa.
Quando a
comunicação se estabelece mal ou não se realiza, diz-=se que há:
a) FILTRAGENS
Quando a mensagem
é recebida apenas em parte.
A comunicação
existe, mas é filtrada pelo interlocutor e provoca mal-entendido.
Ouve apenas o que
quer ouvir. O resto filtra, não deixa passar.
b) RUÍDOS
Não é o barulho
externo que impede de ouvir.
É a comunicação entre
duas pessoas ou em grupo. Quando a mensagem é distorcida ou mal-interpretada.
Exemplo:
— Sei bem o que ele quis dizer... Quando falou em
vadiagem, referiu-se a mim...
— Não, não foi isso, você interpretou mal.
— Não, você viu como ele olhou para mim?
— Ora, ele olhou para todo mundo da mesma forma.
— Ele está me marcando...
c) BLOQUEIO
Quando a mensagem
não é captada e a comunicação entre duas pessoas é interrompida
São barreiras
psicológicas, muros de vergonha e zonas de silêncio entre os interlocutores,
que não querem tocar em determinados assuntos.
Exemplo:
— Por favor, nem me fale desse assunto. Você sabe
que eu não gosto de falar sobre isso
— Mas, é importante...
— Não, por favor, não... Você já sabe o que eu
penso a respeito...
Qualquer que seja
a duração de um bloqueio, ele perturba a percepção que a pessoa tem de si
própria e dos outros e, em conseqüência, suas atitudes, seus comportamentos
tornam-se falsos.
Os bloqueios, as
filtragens e os ruídos costumam provocar ressentimentos, os quais podem durar
longo tempo, criando inimizades.
6. PROBLEMAS
BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO
O significado
do que se captou de uma mensagem pode não ser exatamente aquele
que o EMISSOR quis transmitir.
Nossas
necessidades e experiências tendem a colorir o que vemos e o ouvimos; a dourar
ou enegrecer determinadas pessoas. Isto distorce a forma de percebermos os
fatos, os estímulos.
Exemplo: "Um
aluno riu na aula".
Interpretação de
diferentes professores:
a) "Este
aluno está me ‘gozando’; vou me entender com ele".
É um professor,
provavelmente inseguro, que acredita que toda manifestação do aluno é agressiva
e está abalando o seu "status".
b) "Ele está
satisfeito; deve ter entendido minha explicação".
Professor que tem
percepção otimista em relação à pessoa humana. Está muito seguro de si.
c) "Alguém
deve ter-lhe contado alguma coisa engraçada".
Professor sensato
que tentou analisar o fato pelo que suas experiências lhe tem ensinado.
d) "Esse
aluno ri à toa. Será que ele tem algum distúrbio de comportamento?"
Esse professor
pode estar sendo irônico e, portanto, agressivo.
SEMÂNTICA – O
SIGNIFICADO DAS PALAVRAS
As palavras não
significam a mesma coisa para todas as pessoas.
O SIGNIFICADO
pode não ser conhecido ou não ser exatamente o que o EMISSOR quis transmitir.
Daí, a confusão e a distorção do significado das palavras. É importante que o
EMISSOR esclareça o significado das palavras dentro do contexto em que elas
forem expressas.
Exemplo: "A
operação foi realizada".
O que significa?
Interpretações:
Para o médico, uma operação cirúrgica.
Para o contabilista, o negócio foi realizado.
Para o professor, a operação aritmética (soma,
subtração etc.)
Para o militar, a batalha foi ganha.
Há, também,
problemas de semântica quando usamos gíria e termos religiosos.
A insegurança, o
aborrecimento e o receio – efeitos da emoção – podem distorcer o que
vemos e ouvimos, tornando os fatos mais ameaçadores.
7. LINGUAGEM
CORPORAL
Pela linguagem do
corpo, dizemos muito ao outro e ele tem muito a nos dizer.
É a linguagem que
não mente. Mesmo que tentemos disfarçar, camuflar, ela nos denuncia. Não
conseguimos controlar.
É importante
aprendermos a OBSERVAR e utilizar o "feedback".
Observando o
receptor e, sua reação à mensagem recebida, podemos verificar o nosso próprio
desempenho, modificando-o ou não.
Observar:
· Seu corpo;
· Suas expressões fisionômicas;
· Bocejo;
· Cenho franzido de atenção;
· Olhar vago, distante;
· Olhos que se fecham;
· Expressão de dúvida;
· Entusiasmo ou falta dele;
· Irritação;
· Movimentando, tambolirando dedos
e objetos;
· Estalando os dedos;
· Batendo as pernas e as mãos.
Exemplos:
8. COMO MELHORAR A
COMUNICAÇÃO
Uma boa
comunicação requer:
a) aprender a
melhorar a sua transmissão
· Adaptar sua mensagem ao
vocabulário, interesses e valores do receptor: que palavras, ideias,
sentimentos realmente envia às outras pessoas?
b) aperfeiçoar a
própria recepção
· O que você percebe das reações
emitidas pelas outras pessoas? Uso da observação e do feedback.
c) saber ouvir
· Ouvir não só a mensagem, mas ir
além dela.
Há um conteúdo não manifesto em muitas
comunicações: verbais, não-verbais, de atitude. É preciso ter sensibilidade
para entender.
Há um conteúdo informativo, lógico e manifesto em
uma comunicação. Há, também, um conteúdo latente, afetivo, emocional e
psicológico.
d) uso de comunicação
face a face
· São superiores às comunicações
escritas.
Há, ao vivo, oportunidade para perceber além da
mensagem; a inter-relação torna-se mais fácil, completa e envolvente.
A voz, as atitudes e as expressões facilitam
a realimentação. A voz tem uma gama muito ampla de entonação.
A palavra escrita é muito mais
agressiva do que a face a face. Não que deva ser abandonada. As duas podem ser
combinadas.
e) colocar-se no
lugar do recebedor
· Conhecer o seu mundo
Adaptar a mensagem
ao vocabulário, aos interesses e aos valores do receptor. É difícil entender-se
com um ouvinte quando se tenta comunicar alguma coisa que o contradiz ou não
vai ao encontro daquilo que ele espera.
f) desenvolver a
sensibilidade – a EMPATIA
· Habilidade de se colocar no
lugar do outro e assim compreender melhor o que a outra pessoa sente e está
procurando nos dizer.
Procure sentir
como os outros o sentem.
· Seguro/inseguro
· Agressivo
· Intolerante
· Facilitador
· Medroso
· Tímido
· Orgulhoso
· Inacessível
g) saber
distinguir o momento oportuno de enviar a mensagem
· Uma mensagem tem condições de
ser aceita se:
- O receptor está motivado para recebê-la;
- O momento é oportuno;
- Outras mensagens não estão interferindo.
Exemplo: não
adianta quere ensinar:
"O bebê a andar aos 6 meses de idade";
"Álgebra a uma criança de 5 anos de idade".
Mensagens
antecipadas podem ser ignoradas, não ouvidas e até rejeitadas.
h) as palavras
devem ser reforçadas pela ação
· As pessoas tendem a aceitar as
mensagens quando participam e quando são reforçadas pelo exemplo.
i) a mensagem deve
ser simples, direta e sem redundância.
· A mensagem deve ser direta,
clara, simples e sem palavras redundantes para que o receptor possa entender.
Isso não quer
dizer que se deva rebaixar a linguagem, usando somente gírias e expressões da
moda.
Exemplo:
Tá ligado?...
Tipo assim...
Entende...
Mensagens
confusas, recheadas de palavras eruditas e estilo rebuscado são verdadeiros
quebra-cabeças e provocam distorções.
9. COMUNICAÇÃO
EFICAZ
1. Quanto mais o
contato psicológico se estabelece em profundidade, mais a comunicação humana
terá possibilidade de ser autêntica.
2. Quanto mais a
expressão de si conseguir integrar a comunicação verbal e a não-verbal, mais a
troca com o outro terá condições de ser autêntica.
3. Quanto mais a
comunicação se estabelecer de pessoa a pessoa, para além das personagens, das
máscaras, dos "status" e das funções, mais terá possibilidade de ser
autêntica.
4. Quanto mais as
comunicações intragrupos forem abertas, positivas e solidárias, mais terão
possibilidades de serem autênticas.
5. Quanto mais as
comunicações forem consumatórias (encontros sujeito a sujeito) menos elas serão
instrumentais (manipulação do outro), e terão mais possibilidades de serem
autênticas.
10. CONCLUSÃO
Nenhuma
comunicação verdadeira é estabelecida se o RECEPTOR não compreender o
significado original da MENSAGEM passada pelo EMISSOR.
O RECEPTOR é o elo
mais importante no PROCESSO DE COMUNICAÇÃO. Se a MENSAGEM não atingir o
RECEPTOR, de nada adiantou enviá-la.
Um dos pontos mais
importantes na comunicação é a preocupação com a pessoa que esta na outra ponta
da cadeia da comunicação – o RECEPTOR.
Na COMUNICAÇÃO
ESCRITA, o LEITOR é o mais importante.
Na COMUNICAÇÃO
ORAL, o OUVINTE é que importa.
"O BOM
COMUNICADOR É BOM OUVINTE"
BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA
MINICUCCI, Agostinho. Psicologia Aplicada à
Comunicação. Editora Atlas. (Capitulo – Meios de Comunicação)
WEIL, Pierre e Roland Tompakow, O Corpo Fala:
A linguagem Silenciosa da Comunicação Não-Verbal. 27. ed., Rio de Janeiro:
Vozes, 1990.
WEIL, Pierre. Relações Humanas na Família e no
Trabalho. Rio de Janeiro: Vozes, 1978.
São Paulo, abril
de 2006
A Origem da linguagem
A origem da linguagem é uma das questões que mais
tem preocupado o espírito humano. Desde remota antiguidade, vem sendo discutida
pelos sábios, sem que até agora hajam chegado a um acordo.
Justifica-se esse empenho por causa do papel importante que a linguagem exerce em todas as manifestações da vida humana. Não é, pois, sem razão, que se tem atribuído à palavra origem divina.
O instinto de sociabilidade, mais imperioso na espécie humana que nos outros animais, não encontraria expressão adequada ou mesmo se anularia, se não existisse a linguagem. Com efeito, a existência em comum supõe a fixação de umas tantas normas ou regras, que cada pessoa é obrigada a respeitar, para que o embate dos interesses antagônicos não prejudique a boa harmonia que deve existir no seio da coletividade humana.
Como, porém, estabelecer essas normas, sem um contrato ou acordo prévio, por outras palavras, sem a linguagem?
As grandes realizações da inteligência, que enchem de assombro os séculos, não seriam possíveis sem a linguagem, porque é ela que transmite a cada geração nova as conquistas das gerações anteriores.
São ainda muito espessas, à míngua de dados esclarecedores, as trevas que envolvem a questão da origem da linguagem. As hipóteses surgem, assoberbam por um instante os espíritos, em seguida desaparecem, dando lugar a outras hipóteses. Entretanto, ignora-se até hoje se, nos primórdios da humanidade, havia uma língua única (Trombetti) ou multiplicidade de línguas (Pott, Schleicher e Frederico Muller).
A ciência moderna inclina-se para a hipótese de que a linguagem é de criação humana. Nem isto importa negação da existência de Deus, porque, plasmando o homem, poderia ele ter-lhe dado a capacidade de criar a linguagem. Ao menos assim pensava S. Basílio.
No que não estão acordes os partidários desta hipótese, é na maneira por que o homem adquiriu a linguagem. Renan, por exemplo, assevera que a sua aquisição foi instantânea e de um só jacto, no gênio de cada raça. Outros, e estes constituem a maioria, afirmam que a criação da linguagem pelo gênero humano se operou gradual e lentamente.
De conformidade com esta última opinião, começou o homem primitivo a se exprimir por interjeições, indicativas dos sentimentos que lhe despertava a visão das coisas concretas, e pela imitação dos ruídos dos seres ou animais que se lhe deparavam, numa palavra, pela onomatopéia.
Justifica-se esse empenho por causa do papel importante que a linguagem exerce em todas as manifestações da vida humana. Não é, pois, sem razão, que se tem atribuído à palavra origem divina.
O instinto de sociabilidade, mais imperioso na espécie humana que nos outros animais, não encontraria expressão adequada ou mesmo se anularia, se não existisse a linguagem. Com efeito, a existência em comum supõe a fixação de umas tantas normas ou regras, que cada pessoa é obrigada a respeitar, para que o embate dos interesses antagônicos não prejudique a boa harmonia que deve existir no seio da coletividade humana.
Como, porém, estabelecer essas normas, sem um contrato ou acordo prévio, por outras palavras, sem a linguagem?
As grandes realizações da inteligência, que enchem de assombro os séculos, não seriam possíveis sem a linguagem, porque é ela que transmite a cada geração nova as conquistas das gerações anteriores.
São ainda muito espessas, à míngua de dados esclarecedores, as trevas que envolvem a questão da origem da linguagem. As hipóteses surgem, assoberbam por um instante os espíritos, em seguida desaparecem, dando lugar a outras hipóteses. Entretanto, ignora-se até hoje se, nos primórdios da humanidade, havia uma língua única (Trombetti) ou multiplicidade de línguas (Pott, Schleicher e Frederico Muller).
A ciência moderna inclina-se para a hipótese de que a linguagem é de criação humana. Nem isto importa negação da existência de Deus, porque, plasmando o homem, poderia ele ter-lhe dado a capacidade de criar a linguagem. Ao menos assim pensava S. Basílio.
No que não estão acordes os partidários desta hipótese, é na maneira por que o homem adquiriu a linguagem. Renan, por exemplo, assevera que a sua aquisição foi instantânea e de um só jacto, no gênio de cada raça. Outros, e estes constituem a maioria, afirmam que a criação da linguagem pelo gênero humano se operou gradual e lentamente.
De conformidade com esta última opinião, começou o homem primitivo a se exprimir por interjeições, indicativas dos sentimentos que lhe despertava a visão das coisas concretas, e pela imitação dos ruídos dos seres ou animais que se lhe deparavam, numa palavra, pela onomatopéia.
O que é Linguagem?
Linguagem é todo sistema organizado de sinais que
serve como meio de comunicação entre os indivíduos. Tanto a verbal quanto a
não-verbal expressam sentidos e, para isso, utilizam-se de signos, com a
diferença que, na 1a. , os signos são constituidos de sons da língua ( mesa,
fada, árvore ), ao passo que nas outras exploram-se outros signos como as
formas, a cor, os gestos, os sons musicais, etc.
Em todos os tipos de linguagem , os signos são combinados entre si, de acordo com certas leis, obedecendo a mecanismos de organização.
Em todos os tipos de linguagem , os signos são combinados entre si, de acordo com certas leis, obedecendo a mecanismos de organização.
Olá José, dando uma olhadinha aqui, gostei do texto,do blog, parabés e vou sempre passar por aqui, bjos fraternos e fique com Deus.
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