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domingo, 18 de setembro de 2011

POESIA SERTANEJA E REVOLUCIONÁRIA COM ARTE E HUMOR CEARENCE


                                  Em busca da verdade


Virtude é a mãe da razão
Irmã da sabedoria
 Inimiga da paixão

Virtude, na vida,
Você precisa ter,
Pois,
 Tudo é sofrer
Quando se tem: o que não se quer
 E querer: o que não se tem
 E assim, se vai
Vivendo uma
“morte e vida Severina”
Nascemos sofrendo, chorando
Vivemos morrendo, gritando
A todo instante,
A causa secreta são os desejos,
 Que enxergamos!
  E assim, ficamos,
 Todo instante desejando...

                                            ASSIM, EU ACREDITO E OCÊ?

Aquele que não se articula

 Em termo de linguagem,

 Torna-se incapaz de pensar, de refletir e agir.

 Perde uma das grandes oportunidades

  De instala-se em sua própria comunidade.


Quando uma pessoa não sabe: o que falar,
 O que escrever, não consegue dialogar
 Adequadamente em sua língua, logo 
 Surgem aqueles 
Decididos
Por ela falar...
.
Somente o indivíduo
Com um discurso próprio,
 Pode considerar-se capaz de:
 Reivindicar seus direitos

Escrevendo e lendo, o homem vai encontrar o seu centro.
É nas artes e principalmente, nas artes e mais eficazmente na literatura é que esse instrumento se torna mais poderoso para sujeito que deseja defender sua liberdade de expressão e até sua dignidade como ser um cidadão.


                                                         O que é um homem?

 O ser se torna homem,
 Quando pensa!
 Raro, isso
Em nossos dias.

                         Escreve! Qualquer coisa...


Neste momento,
              Sinto a necessidade
                De escrever a todos vocês que fazem parte da minha família fraterna. Se todos, se dispusessem a nascer de novo.
               Meu desejo é meus amados, que todos possam senti o desejo de
  Nascer do espírito que está dentro de cada um.
Quero, em especial, falar da família, todos nascemos em família,
 E muitas pessoas depois, se dedicam a construir novas famílias.
A família é base primeira
Fonte de relacionamento entre o eu e o outro.
 Se você não faz parte de uma família, você sabe com dói
Profundamente, ser sozinho no mundo.


                                       Verdadeiro amor


Certa vez.
                 Estava a pensar.
Havia no mundo
Uma mulher
Que todos a queria... Para usar...
E assim, satisfazer
 Seus desejos... Os mais impuros da vida

       Eu estava a meditar

Uma vez.
Um homem
 Que se prontificou
A essa mulher ajudar

Na vida, desta alma, o amor a transformou
 E pra sempre sua vida ficou, sem pedras
E
Num olhar... Não de sexo.
De amor.
Única vez.
O mundo contemplou.
O mais lindo amor.

 Maria Madalena
   E                       
                            Jesus o Nazareno,

Pelo mundo, juntos foram
Juntando tantas pedras pelo caminho 
          Boas novas nos milênios



















                          Curto dia, longa noite


 Enquanto debruço

       Esse meu corpo cansado

                     De um longo dia

Calam-se os sentimentos...

      Elevo os pensamentos.

Quero         conhecer

                   Os mistérios da vida

Contemplo o que disse
         Ouço
                  As palavras
As quais ocupam:
  Espaço e tempo
E é nesses momentos
Fico a pensar
Tento esquecer
          As pedras do caminho.

                           



                            Um poeta cidadão

 

O poeta do povo, não tem razão
O da roça, não tem lugar
O da vida, não é entendido
O da verdade vive escondido...

Poeta sem nome
 Do povo
O poeta revolucionário
               Que vive no mundo
 A cantar
E me ensina a lutar.

Poeta sem nome
Com razão, não tem lugar
Mas tem fome...
E com certeza vai cantar

Poeta que ama, canta
Chama a lutar
Que chora e
 Implora...

           Poeta jovem, amigo do povo
Poeta sem história, sem anel,
Nem medalha, nem diploma
Poeta que ama os seres, irmãos
Da natureza
Quer ser poeta comigo na história?






                     Sem destino na vida


Eu partirei amanhã,
Vou partir sem dizer nada,
Ao longo da estrada,
No percurso da caminhada.

Enquanto espero cansado.

No clarão da lua cheia.
Vejo tuas pegadas,
Em bancos de areia,

É nas formas dos teus pés
 Vejo uma mensagem gravada

Prova de que está sozinha.

No silêncio da noite

Sigo os teus passos
Esperando ouvir
O teu gritar


Nessa esperança de te encontrar
 Tenho medo...
De te perder.
O sol raiou, acordei sem você.




                            Fim dessa jornada


Adeus minha faculdade
Vou partir, 
Mas prossigo meus estudos
Em outros lugares.

O que aprendi levo comigo
Colegas, mestres amigos da vida
Todos comigo irão andar
No silencio irei lembrar
Cada momento, gestos e palavras
De tudo um pouco vai ficar

Meus amigos de classe
Das turmas, dos corredores
Onde ficamos a conversar
Aqueles papos amigos

Faculdade, tu irás comigo
Pelos caminhos da vida

Mestres que ensina e aprende
E muito humilde compreende
Um abraço e muita saudade
Dos velhos tempos.



      

                                                            Cariri do Ceará


Nasci no sertão do Cariri
Terra de grande doçura
Que me traz amargura
Por lá não está

Nasci, vive, corri, sofri

Mesmo assim,
Lembro-me de lá

Foi difícil...

Vontade?Eu tenho... de pra
 Lá um dia voltar

Ajudar 
Quem não pode lutar.

Vivem oprimidos
Juntos, vamos lutar e assim
Cantar as belezas
Do sertão
Denunciar as injustiças
Que lá existem...
Lembro-me dos dias vividos,
Da vida perdida,
Do ser oprimido

Não esqueço da minha terra
Onde cantam os sabiás
Daquelas lindas serras
Que está a cercar

Ao amanhecer
Os galos cantam,
Os pássaros gorjeiam
Os grilos griguilam
Os burros relincham
Ovelhas que balem
 E o mundo clareia

És belo, ninguém acredita 
Belas nascentes
Finais de semanas, 
O banho na bica
Ninguém acredita
Nas águas correntes



                                                                 A minhalindaesposa

Esbelto corpo moreno
          Olhar lúcido infinito

          Menina moça criança
Mexe comigo
      Quero contigo, morrer
Linda morena pequena
Flor do meu jardim
Quero ser criança, junto contigo
Amor, flor, minha vida, minha mulher
A flor não pode morrer



                                                                         Mamãe/filhinho/papai
 
A realidade de um sonho no amor
O nítido da natureza em uma flor,
         Ser mãe como tu és... nos trouxe a
Linda filha que temos
Fruto de um sonho
Que se tornou realidade
Quando feito com amor.
Minha filha...




                                                      Corrupção em ação

 Eu vi
Andando por aí
Vi
Que ninguém estava preocupado
Com os massacres das crianças
            A corrupção,
O dinheiro do povo,
     As desilusões
Da nação brasileira

Andando por aí
Eu vi
E no meio desta gente descobri
O medo nos olhos dos inocentes
Ai, ai, ai três vezes ai, aos que pisam e esmagam essa gente

Todos contentes,
 Viram as costas
A estas gentes

Pode acreditar, eu
Vi
Foi cruel
Mas eu vi,
Mas,
Entre os espinhos
Surgiu
A Rosa da vida

 Os sentimentos
 De cristo

Que passava
Entre os irmãos
Os mais pobres dessa nação











                                                                               Insônias

Uma noite, sem dormir
Era uma noite vazia... calma
Em ermo, pensando em você

Pensando em momentos
Que promulgamos juntos


Como era tão lindo
A nossa união!

Existia um a verdadeira harmonia

(Entre nós)

Todos os minutos passados
Hoje nossa união continua a milhões de distância
Saudade de você.




                                                                    O Sítio da infância

A pedra encantada
Com carneiro de ouro
 O grande tesouro
Uma lenda contada
Pelos nossos ancestrais


A estrada do cemitério
E os grandes mistérios

Do grande pequizeiro
Ó meus cajueiros
     A grande mangueira
        Os velhos coqueiros
                   A água da bica
                           Da bela ingazeira
Onde banhos costumavam tomar

A cacimba do toré
           A fruta gostosa
                  Do pé de ingá
Do amor que me dá

A escolinha das minhas
 Primeiras linhas que a

Ensinou-me a traçar
 Hoje tão distante fico a pensar
Ai que saudade eu tenho do fogo
 De lenha
Do moinho e do engenho

 
                                                                         Ícone

Não sei se existe
Essa figura
Que viver a infligir o meu espírito
De tanta amargura
 Que me faz sofrer
No silencio da madrugada
Tão infinita




                                                               Pedaço do passado

Vejo-me na face do passado
Menino, jovem
Último filho de mamãe

Na cozinha
Onde todos
     Juntos no fogo ardiam
Ouvindo as histórias contadas
Por mamãe
Que tanto nos encantava

Chuva forte, lá fora, está com medo.
     Relâmpagos, trovoadas,
 Enchentes correntes de oração de rosário na mão
Mamãe começava a rezar
Vem chuva e não deixe
O nosso querido sertão.
Canjica, pamonhas e beiju
         No fogo
 Mamãe fazia,
Tudo isso Ela sabia

Hoje crescido, casado
 No mundo
Só resta lembrança
Dos irmãos queridos

Saudades tenho 
Dos dias vividos
Da roça roçada
Do mato queimado
Do gado do meu pai
Do meu boi bi Du, morreu
Da vaca malada,
Da cabra apeada
Do leite tirado
Eita vida boa!
Cadê mamãe?
Cadê papai?

                                                              Tu vens comigo

Eu te quero meu bem!
Seja no inverno, no verão
Não me deixe assim não

Faço tudo
Por você
Tanto tempo já se faz
         Você não sabe
          Do que eu sou capaz

Neste mundo, não consigo
Outro ser, como você

Vem meu bem, vem
Vem, eu estou aqui a te esperar
Neste canto de ninhnhá





                                     Uma cena na rua



-O que será meu deus!
É briga?
-Não, é não.
É um homem!
Que caiu, ou desmaiou.

-O que aconteceu?
-Não sei!.

Ao meio dia, um homem
Desmaiado.!? Meu Deus!...

-Parece bêbado!

-Não, está doente.

-Por que não tirem daqui! É hora do almoço
Meus clientes estão chegando!


E na rua seguia multidão
E nada fazia...

-Chama a policia! O bombeiro! A ambulância!

-Tira daqui essa coisa, já falei... Tira!TIRA!DAQUI!

MEUS CLIENTES ESTAO CHAGANDO!

Chega à polícia, e diz
Não é caso de polícia. Vamos chamar os bombeiros.
Alô! Aqui é da polícia! Precisamos de um bombeiro...

O bombeiro: opa, colega está sangrando?
Não amigo, pelo que vejo só desmaiado.
Tá, ok! Tem carro, não!. Ta em manutenção
Chama a ambulância, amigo!

Já chamei! Tem também, já está em outra situação!

 Vamos embora, isto é problema para a assistente social
Alô é da assistência social? Sim amigo! O que deseja! Um albergue, não é aqui não! Passa para a assistente social, só tem uma e está de féria!.



O velho homem, o jovem homem, o menino homem
Que choram, sem lágrimas
 O homem velho
Velho jovem
Homem menino

Ele não tinha casa, carro, banco nem moeda
Somente um lugar no viaduto

O que é a vida
Nascer
Morres sofrer viver

Os homens passando
Pela estrada da vida
Cada momento uma estação

“Quão bom e consuave é que vivamos em união
Daí - “vos vós mesmo comida a quem tem fome”
Desejo de um sonho
De um mundo, mais justo e sem misérias...










Sonhos


Sonho de um dia chegar
Com você quero casar
             No seu mundo repousar
                      Junto contigo no mar
Só nós dois, num barco a remar
Em pleno alto mar
 Sonhos é razão
       Do nosso viver

                       É Linda! Muita Linda

 Meu lindo pé de serra
Foi num grito de guerra
     Em busca de paz
“Óh! Minha Linda Pequena” Porteiras do Ceará

Os teus, passados, Políticos
Decepção (a mim) traz
     Esquecer-te-ei jamais
Minha linda terra natal
  “Porteiras” amam-te demais...


                                                    Pena neles!

Presídio...
Nunca fui lá.
Já ouvi falar.
       Parece um inferno...
           Prazer de vê-los
Já fui vítima dos de cá.
Que precisam ir pra lá e nunca mais voltar







                                                         Pequenos e grandes...

Filhos
         Pequenos
                      Sempre crianças
Filhos sempre filhos
        Adultos ficam caducos
Pais
       Nunca
                  Quer
           Vê filho crescer
Pai quer filho crescendo

Quando casam
Vão embora
            Pra muito longe

Sentimentos que dói lá dentro
Como a dor desses acontecimentos

Foram poucos anos de felicidades





                       Mattos do mato


No mato Mattos
Cortados

Moto-serra
Faz cerrado

Capim pra boi comer
           O couro
Pra satisfazer
As belezas do cozer

No mato, Mattos, mata a mata
Que fazia crescer muitas coisas
Pra viver

Mattos! Na mata tinha água pra beber.
Mattos. Matou a mãe natureza
Solitário, filho sem mãe.
Não sabe onde sugar
Morar no mundo,
Segundo seu viver
Não se sabe como vai ser
Se não chover







                                                        Sala de espera

-         É o primeiro?
          _ não, é o terceiro.
-um casal, acertei?
        
-         Olha a carinha, boquinha, pezinhos, que lindo...
-          Já sabe o sexo?
-         Não.
-         Quer saber?
-         Sim.
-         É do sexo feminino. Todos ficaram felizes
-         Chamar-se-á Isabelly.


                                          O que Drummond diria do futebol

-         Drummond é goooool!
-         Que diria

-         Da seleção
-         No país de Marlamé!
-         Do futebol que não é do rei Pelé!
-         Com tanta putaria
-         Do dinheiro
-         Em ação pra torna-se campeão...
-          
-         Carlos Drummond seja amigo meu!
-         Futebol pra mim morreu
-         Assim, como você desapareceu
-          Só ficaram as lembranças do tudo que aconteceu
-         Você pra mim não morreu!
-         Você sim é o cara.





                                        Que modelo de mãe que você é, eimm!...
_Doutor,...
Já sei!
Aborto é pecado.
-mas...
Não adianta.
      Não!
        Não!
Não vou fazer.
-Mas doutor!
Não tem explicação, e ponta final.



                           



Amigo, aqui termina uma parte das minhas poesias, são simples, mas do fundo do coração. Se você gostou,  deixe um comentário. Obrigado, abraços e felicidades.

Joaquim e sempre Joaquim  sempre...


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